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terça-feira, novembro 29, 2005

Foto do dia


A imagem poderia ser ainda mais bela (quase impossivel) se estivessem no seu habitat natural.

segunda-feira, novembro 28, 2005

MEL de verdade


A "ternurice" que vêm na foto chama-se Mel e precisa de quem o adopte. Se gostam de animais e podem adoptar um, têm tempo para cuidar dele e lhe dar atenção que ele merece, saibam como em http://plosanimais.blogspot.com , que foi onde o descobri. Saibam lá como ajudar outros animais que precisam e as associações que os protegem e acolhem.

Fim de semana com amiga

Bem, como sei que a Kina vai falar do nosso fim-de-semana juntas cá pelo norte (ela já me disse que ia), vou deixar os pormenores para ela e pedir-lhe apenas desculpa por :
- problema eléctrico em minha casa,
- problema de água quente em casa do meu rapaz,
- correria para apanhar o comboio a tempo (chegamos lá dois minutos antes da hora) depois de a termos convencido a ir embora mais tarde,
- não a ter levado a conhecer nada - não havia muito tempo, estava frio, fica noite depressa, levantamo-nos tarde pois, para pôr a conversa em dia, deitamo-nos um bocadinho tarde...
- a ter arrastado para casa de gente que não conhecia,
- não lhe ter mandado um lanche em condições para a viagem (não imaginas o que a minha mãe ralhou comigo por isso),
- ...
Bem, como vêm problemas que facilmente se diluem num fim de semana comprido de dois dias apenas.
Desculpa estes contratempos, linda.
Eu gostei muito do nosso fim de semana, de estar contigo, de matarmos um bocadinho as saudades e de estarmos à conversa como eu já não estava com ninguém há muito. Obrigada por teres feito o esforço para vires. Sei que para ti é dificil pois já costumas andar de um lado para o outro e o que queres é assentar um bocadinho. Estou em divida por isso a próxima fica por minha conta, mas parece-me que só para o ano.
Beijo grande.


sexta-feira, novembro 25, 2005

PARABÉNS SOININHA

IH! IH! Pois é, agora é a tua vez. Calha a todos. Espero que tenhas um bom dia . Já sei que não vai ser como querias mas tenta aproveitá-lo. É uma experiência diferente. Vais ver que os dias até passam depressa. Vais estar ocupada e vais ver coisas novas. Já sei que não terá o mesmo sabor, mas é a vida: "O que não tem remédo, remediado está". Beijo grande desta tua amiga.

quinta-feira, novembro 24, 2005

Desculpem os que já conhecerem. Quanto aos outros...









Se eu cair não me acontece nada, pois não?


















Autobarco.
















Ops! Ninguém está a ver, pois não?














Cucu!















Fora daqui. Agora sou eu quem vai jogar.

















Esta senhora deve ser sogra de alguém.













Mas quem é que manda? Eu quero ir por ali!














Avião? Submarino? Subavião?











Fabulástico .










É lindo, que mais se pode dizer?













Sugestões para comentários aceitam-se. Alguém?













Qual será o veiculo motorizado que passa aqui?

quarta-feira, novembro 23, 2005

Pensamento do dia, do mês, do ano

terça-feira, novembro 22, 2005

ABRAÇO-divulguem

"A associação "Abraço" recebeu 30 meninos com HIV.
Estamos a necessitar de roupa para rapariga (qualquer idade) e para rapaz precisamos dos 6 aos 14 anos para este projecto (trinta crianças a cargo).
Se quiserem colaborar contactem se faz favor para: Maria José Magalhães
Telef.: 213 974 298 (Associação "Abraço").
Se não puderem ajudar pelo menos passem a mensagem para os vossos contactos por favor, não custa nada e pode estar a fazer a diferença.Obrigado!!!
Susana de Oliveira"

quinta-feira, novembro 17, 2005

Poema Ecológico

O que a seguir apresento são excertos da resposta do chefe Seattle à proposta de compra das terras onde vivia com a sua tribo que o “Grande Chefe Branco de Washington” (Presidente dos EUA Franklin Pierce) lhe fez em 1854. Foi muito difícil escolher o que cá colocar pois toda a mensagem é um hino à natureza feito pelos únicos que a compreenderam e respeitaram.

“Como se pode comprar ou vender o firmamento, ou ainda o calor da terra?
Tal ideia é-nos desconhecida.
Se não somos donos da frescura do ar nem do fulgor das águas, como poderão vocês comprá-los?
Cada parcela desta terra é sagrada para o meu povo. (…)
Somos parte da terra e do mesmo modo ela é parte de nós próprios. (…)
Sabemos que o Homem Branco não compreende o nosso modo de vida. (…) Trata a sua Mãe, a Terra, e o seu irmão, o Firmamento, como objectos que se compram, se exploram e se vendem (…).
Não sei mas a nossa maneira de viver é diferente da vossa. Só de ver as vossas cidades entristecem-se os olhos do Pele Vermelha. Mas talvez seja porque o Pele Vermelha é um selvagem e não compreende nada. (…) Só o ruído parece um insulto para os nossos ouvidos. (…)
Se decidirmos aceitá-la (a oferta para comprar a nossas terra), eu porei uma condição: o Homem Branco deverá tratar os animais desta terra como seus irmãos. (…) Tenho visto milhares de bisontes apodrecendo nas pradarias, mortos a tiro, pelo Homem Branco, da janela de um comboio em andamento. (…)
Que seria do homem sem os animais? Se todos fossem exterminados, também o homem morreria de uma grande solidão espiritual.
Porque o que suceder aos animais sucederá ao homem. Está tudo ligado. (…). Tudo o que acontecer à Terra acontecerá aos filhos da Terra. Se os homens cospem no solo, cospem em si próprios. (…)
Isto sabemos: a Terra não pertence ao homem; o homem pertence à terra. (…) O homem não teceu a rede da vida, ele é só um dos seus fios. Aquilo que ele fizer à rede da vida ele faz a si próprio. (…)
Sabemos uma coisa que talvez o Homem Branco descubra um dia: o nosso Deus é o mesmo Deus. (…) Ele é o Deus dos homens e a Sua compaixão reparte-se por igual entre o Pele Vermelha e o Homem Branco. (…)
Contaminem os vossos leitos e uma noite morrerão afogados nos vossos próprios resíduos. (…)
Esse destino é um mistério para nós próprios, pois não percebemos porque se exterminam os bisontes, se domem os cavalos, (…), se mancha a paisagem doas exuberantes colinas com os fios do telégrafo.
Onde se encontra já o matagal? Destruído!
Onde está a águia? Desapareceu!
TERMINA A VIDA E COMEÇA A SOBREVIVÊNCIA.”

segunda-feira, novembro 14, 2005

PARABÉNS CATHY

Pois é, caros blogospectadores, hoje é a vez da nossa amiga e companheira de blogagem, Cathy, estar de Parabéns.
MUITOS PARABÉNS, tudo de bom e continua a dar-nos os presentes bonitos que são os teus posts.

sexta-feira, novembro 11, 2005

DAR ROUPA A QUEM PRECISA

Se puderem dêem o vosso contributo

Comunidade Vida e Paz
SOS SEM-ABRIGO

Amigos!

Estamos numa altura do ano em que começa a chover e o frio está quase aí… Por isso a vida de quem dorme na rua está mais complicada.

Quase sempre por esta altura começamos a preparar as nossas roupas de Inverno para a nova estação. Se por acaso encontrarem alguma coisa que já não precisem e que deixaram de gostar, essas coisas são muito bem vindas para quem nada tem.

Estou a colaborar na Comunidade Vida e Paz, que trabalha com os sem abrigo na zona de Lisboa e estarei disponível para levar essas coisas (roupas, meias, calçado, mantas, brinquedos,…), que podem ser de Homem ou Mulher e, infelizmente, também de Criança. Ou se preferirem podem ir entregar directamente à Comunidade que está quase sempre aberta, inclusive ao fim-de-semana.

Se puderem passem este e-mail às pessoas vossas amigas.

Obrigado!


Ana Margarida Santos

Comunidade Vida e Paz
LISBOA - SÃO JOÃO DE BRITO
Rua Domingos Bontempo 7 Lisboa
1700-142 LISBOA


KINA NÃO PODES LER ESTE POST

Não se esqueçam que amanhã a nossa amiga Kina, sim aquela linda "mecinha" da foto, faz anos amanhã, dia 12. Tá tudo, amanhã, a dar-lhe os parabéns. Beijitos.

CERTEZAS e DÚVIDAS

Uma altura vi um programa, já não me lembro sobre o que era, lembro-me apenas da frase com que o apresentador terminou: “eu não quero ter certezas, quero ter sempre dúvidas. São as dúvidas que fazem ter sede de querer saber sempre mais, de aprender sempre mais. Por seu lado, são as certezas que fazem as guerras”. As palavras não seriam bem estas, mas foi isto que percebi que ele queria dizer. Se pensarmos bem, de facto, é a certeza de que em determinado país os direitos humanos estão a ser violados e que se produzem armas nucleares, e do outro lado a certeza de que não estão a ser violados nem se produzem, que faz com que dois países entrem em guerra. (ou será a certeza de ambos os lados de que o petróleo vale muito dinheiro e os direitos humanos não valem de nada? Já não me lembro - não tenho a certeza).
É verdade o que ele disse, mas é difícil viver sem certezas. Eu sou eu e as pessoas sabem o que esperar de mim (mal ou bem) porque vivo tendo determinadas certezas (valores) que me foram passadas e outras que fui aprendendo a defender. Serão de certeza diferentes de outras pessoas. Algumas serão tão fortes que me farão não querer ter qualquer tipo de relacionamento com quem pensa diferente (como com o meu vizinho caçador que eu simplesmente não suporto, mas ainda assim cumprimento a custo).
Mas por vezes questiono as minhas certezas, não porque ache que estão erradas (nós não queremos pensar que aquilo em que acreditamos esteja errado, senão a nossa vida deixa de fazer sentido - pelo menos algumas das nossas certezas). Por exemplo, a semana passada vi outro programa sobre as mortes por armas nos estados unidos. O senhor que estava a fazer a reportagem queria provar que as onze mil e muitas mortes todos os anos por armas se devia ao facto de a 2ª emenda da constituição americana dizer que toda a gente tem direito a ter uma arma. Contudo, apesar de todos os anos parentes de quem morre (pais de crianças e adolescente incluídos) virem pedir para modificarem essa lei ela não muda. A economia do país assenta na produção e venda de armamento – por isso é que eles fomentam as guerras e andam sempre em guerra – por isso têm que arranjar outros motivos, que não a venda livre de armas que sejam responsáveis por tantas mortes:
- “Nós temos muita pobreza” (numa cidade do outro lado do rio, no Canadá, existem o dobro de desempregados e não se lembra da última vez que morreu alguém morto a tiro – no Canadá existem cerca de trinta mortes por armas por ano);
- “Nós temos mais negros” (do outro lado do rio há mais negros que brancos e …” acho que morreu um há muitos anos, mas…”);
- “ Os nossos jovens vêm mais filmes violentos”( do outro lado do rio os jovens estão sempre à espera do último filme violento de Hollywood -quanto mais violentos melhores e os jogos têm que ser o mais violentos possível);

- "A culpa é da música do Marilyn Mason" (ele diz que gostava de ser assim tão importante, mas o presidente dos EUA ainda é mais do que ele);
- …
E a lista de desculpas esfarrapadas continua por aí abaixo. Não lhes dizem que o governo fomenta a política do medo para que eles comprem armas. Inclusive o número de crimes diminui nos últimos anos mas as pessoas compram cada vez mais armas porque andam sempre com medo.
O apresentador (branco) foi a uma rua onde diziam que um branco não podia ir que era logo morto. Ele foi lá com um pai (branco) de um dos miúdos que foi morto naquele massacre feito por dois rapazes (brancos) numa escola. O pai é um dos que quer que se modifique a lei e recolhe provas de que de facto é a venda livre de armas e a política do medo as responsáveis por tão elevado número de mortes. Então eles chegaram lá e não lhes aconteceu nada e a conclusão que eles tiraram é que era uma zona tão pobre, tão cheia de poluição (não se conseguiam ver as placas de sinalização) que não interessa é que o país tome conhecimento do que lá se passa. Nessa mesma rua nesse momento começam a sobrevoar helicópteros da polícia. Eles encaminham-se para o local onde supostamente estaria a ocorrer alguma coisa. Um polícia disse -lhes que tinha sido um roubo, outro, outra coisa e outro que não tinha sido nada – ou seja de vez em quando fazem lá aparatos policiais para de facto acreditarem que é uma zona perigosa. Na televisão há um programa (reality show) com muita audiência onde os polícias andam atrás de criminosos (negros). Pelos vistos se não forem negros não tem tanta audiência.
CONCLUSÃO: acredito que muito daquilo em que acredito seja resultado de uma lavagem cerebral como a que fazem aos americanos. Contudo, quando questiono as minhas certezas o que me faz continuar a adoptá-las como minhas é a certeza que jamais conseguiria ter um coelho solto no quintal para atiçar/ensinar os cães mais novos a caçar; ou tratar mal um toxicodependente porque a vida dele já é desgraçada o suficiente - não precisa que eu o ajude a tornar ainda mais desgraçada –; ou a defender uma guerra seja qual for o seu motivo – nós não somos racionais? Não somos a espécie mais inteligente à face da terra? Então encontrem outras formas.

Operação STOP

Pois é, caros ouvintes (leitores), eis-me de volta, hoje com um bocadinho mais de tempo. Já estava a sentir a falta de organizar as ideias. Acredito que, para o que eu vou aqui dizer, encontre uma opinião contrária de, pelo menos cerca de 95% dos portugueses, ou mais , atrevo-me a dizer.
Anteontem (4ª feira) ia eu a caminho de casa p ir almoçar (sim, sou das felizes contempladas com o privilégio de não ter que estragar a minha saúde com fast food todos os dias) quando, mais-ou-menos a meio do percurso, encontro um carro a andar tão devagar no meio da estrada que estava a ver quando parava. Não estava a achar muita piada porque tenho os minutos todos contados aquela hora, mas como era em cima de uma das curvas mais perigosas achei que fosse por isso. Eis senão quando a pessoa fala para uma outra pessoa que estava do lado de fora ao que a pessoa responde afirmativamente com a cabeça. Achei aquilo muito suspeito porque eu sou das que faz logo filmes. No momento imediatamente a seguir, o carro dá sinal para a direita e pára. Poucos metros à frente fico a perceber tudo quando vejo um senhor guarda com os braços estendidos a mandar-me encostar. Alguém lhe tinha dado sinal e ele certamente teria alguma coisa a esconder. A minha questão é mesmo essa-o que teria a esconder? Poderia ser somente um esquecimento de documento e pagaria uma multa de 30 € (o que não é pouco), mas poderia ser outra coisa:
- Poderia ser um carro roubado (ao irmão do meu namorado roubaram-lhe o carro há já uns 5 anos e nunca mais apareceu);
- Poderia ser alguém sem carta (quando nós temos que pagar para ter a nossa-e não é pouco);
- Poderia ser alguém sem seguro (que um dia vai contra um alguém que faz um esforço para pagar as prestações do carro. O que não tem seguro até pode ir preso, mas quem resolve o problema, se a culpa não é do que paga as prestações? O seguro do outro?);
- Poderia ser um traficante de droga (nos meus lados são ao monte pois compensa- tenho uma vizinha que tem 4 filhos: 1 rapariga casada e 3 rapazes, estes 3 todos toxicodependentes e 1, inclusivé, está a cumprir pena. São bons rapazes, a mãe é viúva e ganha para lhes manter o vício. Eu tenho um primo que fugiu, que também é toxicodependente. Mas felizmente, tenho outro, irmão daquele, que está limpo, arranjou namorada e até já se casou e um tio que após várias tentativas já conseguimos que esteja limpo há alguns anos. Como vêm é o pão nosso.);
- Nos dias que correm poderia ser...tanta coisa.
CONCLUSÃO: na minha humilde opinião não acho que seja boa política dar sinais de luzes. É tipico de nós portugueses compactuar com tudo o que seja menos correcto, mas talvez seja altura de mudar atitudes. Um dia nós poderemos estar a dar sinal a alguém sem seguro que um dia vem bater-nos, a nós, que a custo pagamos tudo a tempo e hora. Temos que começar a não achar tanta piada aos Chicos Espertos que nos lixam é a nós.

terça-feira, novembro 08, 2005

EVOLUÇÃO...ou não

Ontem à noite estive a ver um programa sobre os grandes símios (os nossos primos-gorilas e chimpanzés) . A diferença genética entre nós e eles é, pelos vistos, somente de 1,6 a 3,0%. Por exemplo, o pêlo que lhes cobre o corpo cresce numa densidade semelhante à que crescem os nossos, só que os deles crescem mais em tamanho. Têm uma capacidade de inteligência comprovada ( nem todos os macacos têm, mas os grandes símios sim) e conseguem inclusivé colocar-se no ponto de vista dos outros (inclusivé de um humano), o que uma criança de 3 anos ainda não consegue (só vê o mundo pelos seus olhos). Reconhecem simbolos e compreendem a sintaxe, só não falam por anatomicamente não lhes ser possivel.
Mas o engraçado é que o que me lembrou mais a semelhança deles connosco foi o facto de perseguirem as fêmeas, as violarem e maltratarem (os chimpanzés) e se agruparem em tribos, fazerem vigilias e quando entram em confronto chegarem a morrer 1/3 dos machos. Está certo que o que nos pode diferenciar (dirão alguns) é que nós sabemos que ,quando alguém faz o mesmo, sabe que errou. Mas isso não tem feito grande diferença, pois não? Continuamos a errar, século após século, com o mesmo tipo de erros, apesar de sermos "racionais".

segunda-feira, novembro 07, 2005

PARABÉNS

Queria só deixar um beijito grande de parabéns para a nossa amiga de Trancoso que fez anos no sábado e deixar-lhe aqui um abraço e dizer-lhe para ter muita força.
Para a minha primita que também fez no mesmo dia um beijão também.

quarta-feira, novembro 02, 2005

O QUE É NACIONAL É BOM

Hoje a minha amiga Milovski (que não tem mas que me prometeu que vai ter um blog para mostar a bijuteria linda que faz) escreveu-me um mail. Lá confessou-me que visita várias vezes o meu blog para ver se cá escrevi alguma coisa de novo. Por isso cá estou. Fiquei contente, claro, por saber que apesar de não ter nada para mostrar e vender existe alguém que me vem "ler" os pensamentos. Afinal tenho à mesma clientes para o produto que vendo. É claro que só podia ser uma amiga. Mas também são eles que percebem o que aqui vou dizendo, pois são eles que me conhecem.
Depois de ler o mail dela lembrei-me de um comentário que recebi a um dos posts que cá deixei. O comentário era em inglês mas o que percebi dele é que não basta conversa fiada (realmente é o que faço) é preciso aprender a vender e comprar qualquer coisa. Está certo que é bom comprar e vender alguma coisa, mas agora tudo se reduz a isso? Não posso simplesmente falar? Para ter o direito de falar tenho que comprar ou vender alguma coisa? Grande parte da nossa vida já é feita no sentido de podermos comprar e vender. Trabalhamos- vendemos o nosso produto ou serviço- para podermos ter (comida, casa, p.ex.) ou fazer alguma coisa (educar os filhos, viajar, etc.) - compramos os produtos e serviços de alguém.
Com este desabafo não pretendo criticar quem me fez o comentário, em particular, agradeço até que me tenha dado a conhecer a forma de poder vender ou comprar alguma coisa. Pretendo somente cá deixar a preocupação que o consumismo me provoca. Aos fins de semana é só ir a uma grande superfície comercial e vê-la cheia de gente a endividar-se e a comprar coisas que nem sempre lhe fazem falta. Mas infelizmente (ou felizmente-quem sou eu para julgar), se pensarmos, todos dependemos dessas compras e vendas: um operário textil só pode comprar a comida para os filhos se o lavrador lhe comprar o vestuário que ele produz. Um pedreiro só pode comprar um carro se o mecânico lhe comprar a casa que ele fez (não é bem assim mas dá para entender o que quero dizer).
E esta questão leva-me a uma outra questão com esta relacionada e da qual todos ouvimos falar nos últimos tempos: a compra dos produtos nacionais. Apesar de ser muito dificil sempre que posso, ultimamente olho para as etiquetas e tento comprar só produtos nacionais (o nosso código de barras começa em 560). Quem me conhece sabe que não sou racista nem xenofoba e por isso sabem que tem uma razão de ser eu fazer isto. A economia (não que perceba muito dela) é um ciclo vicioso como o meu exemplo acima tentou provar. Por isso se eu não compro as camisas que a confecção da minha vizinha fabrica, a confecção vai fechar e ela também não me vai poder comprar o que quer que eu venda. Eu não vou vender nada e a empresa onde trabalho também vai fechar e eu não vou poder comprar... Mas agora dir-me-ão "mas porque é que eu hei-de compar um produto português se ele é muito mais caro que um chinês, por exemplo?" Pois, mas eu penso assim (e posso estar errada): é preferível comprar um produto português cujo processo de fabrico tem de cumprir normas ambientais e de qualidade, cujo fabrico não recorre a mão de obra barata e mesmo ao esclavagismo e ao não cumprimento dos direitos humanos do que comprar um produto de um país onde isso não se passa e com os quais estaremos a compactuar no aumento da emissão de gases poluentes sem qualquer controlo na quota de emissão e na exploração de crianças, mulheres e homens que são mais uma peça de todo o mecanismo de produção e cuja vida não tem outro interesse senão o económico. Os nossos produtos têm qualidade, temos que exigir a produção dos nossos produtos. Se não pudermos ter duas malas porque não ter uma só de melhor qualidade e que garanta que mais um habitante de Portugal (português ou não) não vá para o desemprego?
Se tentarem começar a comprar produtos portugueses vão ver que isso é cada vez mais difícil. Há lojas onde eu entrava e nas quais já não entro porque já não há um único produto português (eu confirmei vendo quase todas as etiquetas). Eu vivo no Vale do Ave e todos os dias fecha mais uma empresa porque a concorrência é desleal. Nem sempre é o governo que tem de fazer tudo (independentemente da cor política) nós também podemos fazer alguma coisa, é nossa obrigação pois estamos a lutar por todos nós. Depois sim, poderemos comprar os produtos desses países pois a pressão para que cumpram as regras farão com que a concorrência não seja tão desleal.
Tentem comprar os nossos produtos, se não for possivel comprem os da comunidade europeia ou de países onde se cumpram os direitos humanos e as normas ambientais. Mas não passem ao consumismo exarcebado com que comecei este pensamento.
Bem posso estar errada, os argumentos podem não ser os melhores, mas é assim que penso. E cá fica mais uma vez o que me passa pela mioleira.