Combate aos incêndios

Não sei se ouviram a notícia em que o nosso ministro da administração interna a propósito das medidas a adoptar na época de incêndios anunciou que para este ano ía ALUGAR não sei quantos helicópteros e nem sei que mais, a empresas privadas. Bem, mas será que só eu é que, nos anos anteriores, ouvi relatos de aeronaves que minutos antes de começarem os incêndios sobrevoavam e largavam qualquer coisa nas áreas atingidas? Será que só eu é que consigo ver a lógica que isso tem? A dois mil e tal euros por hora (este ano porque o ano passado foram três mil e tal) o aluguer, qualquer um sem escrúpulos (que é o que mais para aí se vê) se dispõe a iniciar um incêndio e a apagá-lo, quando chamado ao serviço, o mais devagarinho possível - quantas mais horas voar mais ganha – pelo menos, se bem me lembro, foi o que aprendi na primária. Agora, aqueles submarinos que compramos? Sabem aqueles que não deram polémica nenhuma e que não provam que somos lacaios e lambe-botas de ninguém? Bem, para que é que eles servem? O dinheiro que se gastou neles não era bem gasto em helicópteros que servissem as nossas corporações de bombeiros em vez de termos que os alugar? Durante o resto do ano poderiam ser usados para transportar doentes em risco até aos hospitais centrais. Ah, esperem, a contenção também já chegou à saúde.
E nós não sabemos nem da missa metade do negócio dos incêndios e quem ganha com eles-quem será?