visitas

quinta-feira, novembro 17, 2005

Poema Ecológico

O que a seguir apresento são excertos da resposta do chefe Seattle à proposta de compra das terras onde vivia com a sua tribo que o “Grande Chefe Branco de Washington” (Presidente dos EUA Franklin Pierce) lhe fez em 1854. Foi muito difícil escolher o que cá colocar pois toda a mensagem é um hino à natureza feito pelos únicos que a compreenderam e respeitaram.

“Como se pode comprar ou vender o firmamento, ou ainda o calor da terra?
Tal ideia é-nos desconhecida.
Se não somos donos da frescura do ar nem do fulgor das águas, como poderão vocês comprá-los?
Cada parcela desta terra é sagrada para o meu povo. (…)
Somos parte da terra e do mesmo modo ela é parte de nós próprios. (…)
Sabemos que o Homem Branco não compreende o nosso modo de vida. (…) Trata a sua Mãe, a Terra, e o seu irmão, o Firmamento, como objectos que se compram, se exploram e se vendem (…).
Não sei mas a nossa maneira de viver é diferente da vossa. Só de ver as vossas cidades entristecem-se os olhos do Pele Vermelha. Mas talvez seja porque o Pele Vermelha é um selvagem e não compreende nada. (…) Só o ruído parece um insulto para os nossos ouvidos. (…)
Se decidirmos aceitá-la (a oferta para comprar a nossas terra), eu porei uma condição: o Homem Branco deverá tratar os animais desta terra como seus irmãos. (…) Tenho visto milhares de bisontes apodrecendo nas pradarias, mortos a tiro, pelo Homem Branco, da janela de um comboio em andamento. (…)
Que seria do homem sem os animais? Se todos fossem exterminados, também o homem morreria de uma grande solidão espiritual.
Porque o que suceder aos animais sucederá ao homem. Está tudo ligado. (…). Tudo o que acontecer à Terra acontecerá aos filhos da Terra. Se os homens cospem no solo, cospem em si próprios. (…)
Isto sabemos: a Terra não pertence ao homem; o homem pertence à terra. (…) O homem não teceu a rede da vida, ele é só um dos seus fios. Aquilo que ele fizer à rede da vida ele faz a si próprio. (…)
Sabemos uma coisa que talvez o Homem Branco descubra um dia: o nosso Deus é o mesmo Deus. (…) Ele é o Deus dos homens e a Sua compaixão reparte-se por igual entre o Pele Vermelha e o Homem Branco. (…)
Contaminem os vossos leitos e uma noite morrerão afogados nos vossos próprios resíduos. (…)
Esse destino é um mistério para nós próprios, pois não percebemos porque se exterminam os bisontes, se domem os cavalos, (…), se mancha a paisagem doas exuberantes colinas com os fios do telégrafo.
Onde se encontra já o matagal? Destruído!
Onde está a águia? Desapareceu!
TERMINA A VIDA E COMEÇA A SOBREVIVÊNCIA.”

3 Comments:

Blogger Rucas said...

é verdade sa.... xica, eu sempre ouvi dizer que a natureza retribui ao Homem o que ele lhe dá!! É sempre lindo ler estas coisas que tu escreves e divulgas!!

Por acaso este je_moimême num será um menino cujo o nome começa por xl.....inho??? És tu??

Beijinhos
Rucas

18/11/05 11:31  
Blogger Perola Granito said...

Olá! Passei para te desejar um bom fim de semana. As novidades continuam em grande lá no nosso cantinho. O Natal está quase a chegar... beijinhos

19/11/05 08:14  
Blogger Nós_os_Três e a Carrapa said...

Olá Xica..esperamos que esteja tudo bem contigo..
Muito bonito o texto e formidável a forma como o Homem Branco pode ser tão "superior" e ao mesmo tempo tão pequeno aos olhos do Mundo. Adoramos...
Obrigado!!beijo

21/11/05 21:50  

Enviar um comentário

<< Home